Para Alf
De Mariana Minina para seu amigo secreto, o Alf
O Tempo e o Alf
E lá vem o Alf. Cuidado, não caia! O caminho longo, cheio de pedras, já disse Drummond. E lá vem ele. De repente, pára. Ali num canto alguém, velho e cabisbaixo, tanta ruga que mal se via seus olhos. Era o tempo: o tempo corredor, o tempo silencioso, o tempo tão sábio.
Mas notou, o tempo não corria, nem mais um passinho, estava parado. E agora, Alf? Que fará preso no êxtase temporal? Cutucou o velho, andou pra lá e pra cá, tentou empurra-lo, para que andasse novamente, mas nada e nada resolvia o problema. O Tempo tão lá, senhor de tudo, agora era rei da falta de vida, das pessoas sem pulsar, estagnadas na imagem congelada.
Dizia o tempo:
-Mas que nada! Um stop como esse Tão legal! Nem vem, nem vem, que ninguém, ninguém gosta de ver os ponteiros caminharem soltos e as rugas chegarem e os músculos afrouxarem e a paciência esgota! Todo mundo só reclama. Ah! Agora quem não tempo para as amolações humanas sou eu! Todo mundo diz que não vive por causa minha. Não quero mais essa vida de culpas. Me deixa aqui se você é nobre, me largue aqui se você sabe que eu sou o algoz dos homens.
E ALf? Que fará agora com o Tempo parado em sua frente? Seria melhor então obedecer e deixá-lo lá de férias, em eternas férias? Se todos haviam congelado quem colocaria fim nessas férias? Se bem que viu as barbas brancas e velhas do Tempo, ele já estava mesmo precisando aposentar-se daquela correria. Será que havia alguém ou algo pra ficar no lugar daquele velho senhor? No meio de tantas interrogações, lembrou de mais uma: se o mundo havia congelado porque então ele, Alf, estava ali conversando com o Tempo e com vontade de fazer xixi? Realmente devia haver algo de especial nisso. Seria predestinação? Seria ele, Alf, o novo redentor do homens? Agora ficou com medo.
Olhou no olhos do Tempo, era dia seis, dia seis de dezembro. Era seu aniversário vinte um. Seria por isso então que havia resistido ao encanto e não congelado como todos? Talvez sim.
Mas e agora? Como quebrar o encanto? Já estava sentindo falta da família, dos blogs, ah, os blogs! Dia 15 seria festa do amigo secreto da Loba, e agora? Que fazer para salvar todos
e trazer todos de volta a vida? Os blogueiros, tão ansiosos estavam para a entrega dos presentes!
Que fazer, que fazer!
Lembrou-se então, nessa agonia, de uns versos de Vinícius de Moraes. E disse ao Tempo:
-Não sei se o senhor gosta, mas vou recitar um trecho de poema pra o senhor vê se se alegra e sai dessa tristeza infinita:
"de manhã escureço
de dia tardo
de tarde anoiteço
de noite ardo"
De repente a vida começa a pulsar novamente e tudo voltou às (des)ordens, pois Alf pronunciou os versos mágicos que consolaram o Tempo e que são a chave para deixá-lo passar e faze-lo caminhar novamente na sua estrada infinita. Foi a salvação de quem na Terra vê aquele velho senhor com cara feia e não sente a gostosura de viver cada dia se entregando à vida e as paixões nos sábios caminhos do Tempo.
Então Alf, no dia de seu aniversário vinte e um, salvou o mundo do sem graça, do parado tempo que não passa, com versinhos sábios de Vininha. E os blogueiros, enfim podem,
salvos da eternidade parada, comemorar o amigo oculto com presentes mirabolantes e muita gargalhada. E, como diz Lia Luft, “cada dia mais interessantes e interessados”, na consonância sadia com o Tempo...
Para você, Alf, com carinho, tá? Que você tenha forças para a sua aventura nos caminhos do tempo e que seja guiado sempre pela paixão pela vida, bem maior que qualquer um pode ter. Torço para que seu fim de ano seja tão bom quanto todo 2006 foi e que você consiga, não ser dor, não sem alegria, não sem surpresas, alcançar seus objetivos. Pode ter certeza, que daqui por diante, tem mais alguém vibrando por você, viu?
Xero na mente, meu bem,
de sua ex amiga secreta, Mariana Minina.
O Tempo e o Alf
E lá vem o Alf. Cuidado, não caia! O caminho longo, cheio de pedras, já disse Drummond. E lá vem ele. De repente, pára. Ali num canto alguém, velho e cabisbaixo, tanta ruga que mal se via seus olhos. Era o tempo: o tempo corredor, o tempo silencioso, o tempo tão sábio.
Mas notou, o tempo não corria, nem mais um passinho, estava parado. E agora, Alf? Que fará preso no êxtase temporal? Cutucou o velho, andou pra lá e pra cá, tentou empurra-lo, para que andasse novamente, mas nada e nada resolvia o problema. O Tempo tão lá, senhor de tudo, agora era rei da falta de vida, das pessoas sem pulsar, estagnadas na imagem congelada.
Dizia o tempo:
-Mas que nada! Um stop como esse Tão legal! Nem vem, nem vem, que ninguém, ninguém gosta de ver os ponteiros caminharem soltos e as rugas chegarem e os músculos afrouxarem e a paciência esgota! Todo mundo só reclama. Ah! Agora quem não tempo para as amolações humanas sou eu! Todo mundo diz que não vive por causa minha. Não quero mais essa vida de culpas. Me deixa aqui se você é nobre, me largue aqui se você sabe que eu sou o algoz dos homens.
E ALf? Que fará agora com o Tempo parado em sua frente? Seria melhor então obedecer e deixá-lo lá de férias, em eternas férias? Se todos haviam congelado quem colocaria fim nessas férias? Se bem que viu as barbas brancas e velhas do Tempo, ele já estava mesmo precisando aposentar-se daquela correria. Será que havia alguém ou algo pra ficar no lugar daquele velho senhor? No meio de tantas interrogações, lembrou de mais uma: se o mundo havia congelado porque então ele, Alf, estava ali conversando com o Tempo e com vontade de fazer xixi? Realmente devia haver algo de especial nisso. Seria predestinação? Seria ele, Alf, o novo redentor do homens? Agora ficou com medo.
Olhou no olhos do Tempo, era dia seis, dia seis de dezembro. Era seu aniversário vinte um. Seria por isso então que havia resistido ao encanto e não congelado como todos? Talvez sim.
Mas e agora? Como quebrar o encanto? Já estava sentindo falta da família, dos blogs, ah, os blogs! Dia 15 seria festa do amigo secreto da Loba, e agora? Que fazer para salvar todos
e trazer todos de volta a vida? Os blogueiros, tão ansiosos estavam para a entrega dos presentes!
Que fazer, que fazer!
Lembrou-se então, nessa agonia, de uns versos de Vinícius de Moraes. E disse ao Tempo:
-Não sei se o senhor gosta, mas vou recitar um trecho de poema pra o senhor vê se se alegra e sai dessa tristeza infinita:
"de manhã escureço
de dia tardo
de tarde anoiteço
de noite ardo"
De repente a vida começa a pulsar novamente e tudo voltou às (des)ordens, pois Alf pronunciou os versos mágicos que consolaram o Tempo e que são a chave para deixá-lo passar e faze-lo caminhar novamente na sua estrada infinita. Foi a salvação de quem na Terra vê aquele velho senhor com cara feia e não sente a gostosura de viver cada dia se entregando à vida e as paixões nos sábios caminhos do Tempo.
Então Alf, no dia de seu aniversário vinte e um, salvou o mundo do sem graça, do parado tempo que não passa, com versinhos sábios de Vininha. E os blogueiros, enfim podem,
salvos da eternidade parada, comemorar o amigo oculto com presentes mirabolantes e muita gargalhada. E, como diz Lia Luft, “cada dia mais interessantes e interessados”, na consonância sadia com o Tempo...
Para você, Alf, com carinho, tá? Que você tenha forças para a sua aventura nos caminhos do tempo e que seja guiado sempre pela paixão pela vida, bem maior que qualquer um pode ter. Torço para que seu fim de ano seja tão bom quanto todo 2006 foi e que você consiga, não ser dor, não sem alegria, não sem surpresas, alcançar seus objetivos. Pode ter certeza, que daqui por diante, tem mais alguém vibrando por você, viu?
Xero na mente, meu bem,
de sua ex amiga secreta, Mariana Minina.